Review Jensen C12N (parte 1) - Cozinhando Ions #11
- Guilherme Farias
- 17 de out. de 2018
- 3 min de leitura

Salve meus queridos!
Hoje colocamos um tempero novo na cozinha mais Rock da praça!
Dia de colocar na mesa um dos falantes que nós adoramos e recomendamos para o casamento de um dos nossos amplificadores (mais especificamente o Ions Ohm na sua versão Y).
Partiu fazer uma avaliação técnica com a adição de exemplos sonoros do clássico
auto-falante Jensen C12N.
Antes de começar a nossa análise, eu tenho que agradecer a Mult Comercial por conceder esse falante para que nós aqui da Ions, pudessemos fazer testes e construir demos com esse falante para mostrar pra vocês o potencial desse menino no seu setup.
Link para acesso ao auto-falante no site da Mult Comercial:
https://loja.multcomercial.com.br/catalogsearch/result/?q=C12N
Agora vamos lá, partiu conferir de perto desse auto-falante.
A Jensen, trata-se de uma empresa italiana especializada na fabricação de auto falantes para uso musical, e o tal C12N é um dos produtos mais clássicos já concebidos pela empresa.
Quando a gente fala de Jensen, naturalmente uma das primeiras conexões a serem feitas são os famosos casamentos entre eles e os amplificadores da Fender.

A Fender utilizou por muito tempo os falantes da Jensen (tanto o C12N quanto tantos outros modelos), e os maiores e melhores casamentos dessas duas marcas vieram nas linhas mais vintages.
Hoje, com os falantes Jensen a disposição, temos uma facilidade a mais na busca por setups clássicos e timbres vintages, e é exatamente ai que entra o C12N.
Pensa num falante vintage meus queridos... nessa primeira parte do cozinhando ions vamos comparar as descrições que qualquer pessoa pode acessar pelo site da Jensen, com as nossas impressões em estúdio.
Para conferir o site da Jensen com a descrição técnica do C12N
https://www.jensentone.com/vintage-ceramic/c12n

Começando pela resposta em frequência
Os Graves: De acordo com o site da empresa, os graves desse falante são "Loose", o que traduzido para o português coloquial significa: solto, frouxo... traduzindo para termos musicais: Não se destacam muito na mix, sendo singelos e razoavelmente atenuados.
Apesar de não ser o ponto forte do falante, ele garante uma resposta agradável de graves, mas não é isso que vai fazer você pirar nesse falante.
Conclusão: Graves sem muita presença mas cumprem o básico, nota 6 de 10.
Os Médios: De acordo com o site da empresa, esse falante tem médios agressivos.
E eles estão cobertos de razão. Esse falante entra rasgando nos médios, e nada mais justo para um falante vintage ter um pegada séria de médios.
Se isso é bom? Depende do que você gosta... por exemplo, se você gosta do timbre de uma strato com um tubescreamer (o que é cheio de médios), você provavelmente vai adorar a resposta de médios desse falante.
Conclusão: Médio com boa presença e cheio de tempero, nota 8 de 10.
Os Agudos: Assim como descrito no site, os agudos desse menino são brilhantes! E aqui o falante mostra para o que veio!
Esse menino dá aula em frequências médio-agudas e agudas.
Vem com bastante definição nas notas e um tempero delicioso para o timbre.
Conclusão: Agudos sensacionais, cheios de personalidade e com a garantia de boa inteligibilidade para o seu instrumento, nota 9,5 de 10.
Dentro do estúdio, usamos o amplificador Ions modelo Ohm na versão Y, alimentando um falante C12N de 8ohms em diferentes configurações de setup para sentir se o falante segurava o tranco.
Na primeira track gravada, usamos até um oitavador, e saímos quebrando tudo com um shred de respeito que você pode conferir no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=cuDjgiyRVV8
Como vocês podem ouvir, os graves estão ali, tranquilos, mas contidos, enquanto os médios e agudos tomam conta da mix por completo rasgando tudo com gosto.
A track Feeling Shredded mostra a capacidade desse conjunto de garantir os bons e velhos solos clássicos de 2 a 3 minutos que muitos álbuns de antigamente traziam em suas listas.
Depois disso partimos para uma tendência do mercado atual: O progressivo clean/Worship, cheio de reverb e notas imersivas e calculadas.
Para conferir a segunda track com o menino Jensen:
https://www.youtube.com/watch?v=IjuWTa3uxeA
Esse era o nosso teste de fogo para o C12N! Sentir como ele responderia com notas bem sustentadas e pontuais. E para a nossa satisfação, foi exatamente ai que ele brilhou!
Conclusão final: Auto-falante recomendadíssimo para amplificadores de baixo à médio ganho com proposta vintage.
Não por menos, assim que tivemos a oportunidade de testar esse falante em conjuntura com o nosso amplificador Ions Ohm na versão Y, começamos a oferecer ele como pacote de casamento, de tão satisfeitos ficamos com os resultados nas gravações.
Na próxima visita a cozinha mais roqueira da vizinhança, vamos analisar tecnicamente questões como nível de pressão sonora por frequência, além de questões de acabamento físico do falante que serão úteis para que vocês possam além de adquirir o falante, poder entender como analisando algumas curvas prever os resultados do auto-falante no seu setup.

Quem sou eu: Guilherme Farias, engenheiro elétrico, audiófilo e desenvolvedor de projetos na Ions Amplifiers e Mr Cut Custom Handmades.

































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