Boost vs Buffer - Cozinhando Ions #9
- Guilherme Farias
- 2 de out. de 2018
- 3 min de leitura

Salve povo! Como anda a fome de resolver mistérios?
Hoje, vamos mudar um pouco a vibe do blog e colocar na fila temas relacionados ao uso de pedais de efeito (quem é que vive sem um pedalzinho né).
Para começar bem, vamos quebrar uma das maiores dúvidas em relação ao uso de pedais para sustentação de timbre.
Seguindo na linha de preservação de sinais, no último artigo vocês aprenderam um pouquinho mais sobre esse conceito tão importante e efetivo dentro da cadeia de sinais...
A tal impedância.
Sabendo como funciona a regrinha mágica de transmissão, agora vamos trabalhar com ferramentas indispensáveis para o seu setup, e entender qual é o ponto forte cada uma na grande missão de curtir o seu timbre por inteiro.
Comecemos então pelo clássico boost:
O que é um pedal de boost?

Boost Level Up da Mr Cut Custom Handmades.
Um boost trata-se basicamente de um pedal que tem como objetivo aumentar a amplitude do seu sinal. Ponto final.
Quando um boost é necessário?
Quando você precisa de mais amplitude de sinal...
Casos clássicos: Você quer enfurecer algum pedal da cadeia (como por exemplo um overdrive), ou no meu caso em especial, quer dar destaque para alguma parte da cadeia em especial (como modulações).
Coloque um boost na frente desse ponto da cadeia e seja feliz.
Um caso sensacional é o que eu gosto de chamar de “vintage vibe” que nada mais é do que um setup muito simples para se ligar principalmente em amplificadores válvulados.
Sério... experimente isso algum dia: monte um setup com apenas um afinador, um boost e um delay no seu valvulado e curta toda a experiência dinâmica que as válvulas podem te trazer.
Quando não se usar um Boost?
Aqui entra um ponto chave para esse artigo: Ta perdendo frequências? Boost não é a solução pra ti fera.
Por conta de um simples fator, essas frequências que estão sendo atenuadas no seu setup por sei lá qual motivo não devem ser recuperadas apenas aumentando a amplitude de todo o sinal, exatamente pelo fato que levantar o sinal como um todo, faz você enaltecer aquilo que é bom e aquilo que talvez você não queira (vide ruídos).
Solução? Invista em cabos e conexões melhores e num buffer ;D
O que é um buffer?
Buffer na verdade é mais o nome de um bloco eletrônico que tem como características a alta impedância de entrada e baixa impedância de saída.
Como visto no último artigo, essa característica é ótima para transmissão de pequenos sinais. Assim, alguns projetos de pedais usam esses blocos como parte do conjunto, e alguns pedais se preocupam apenas em garantir esse bloquinho com exclusividade para que você possa alocar aonde quiser.
Quando um Buffer é necessário?
Cuidado nunca é demais né? Assim, garanta pelo menos um bloco de buffer na sua cadeia de sinal (você pode me agradecer depois por essa dica).
Seja embutido no projeto de algum dos pedais, ou algo bem específico. O buffer vai forçar uma boa transmissão de sinal na cadeia, e isso é uma variável a menos no nosso troubleshooting.
Quando não usar um Buffer?
A diferença do veneno pro remédio é a dose né? Pra Buffer é mais ou menos a mesma coisa... Use quando avaliar necessário e ponto.
Não entre na noia eterna de truebypass vs Buffers, que isso é discussão sobre o sexo dos anjos... se você sentir que tem pedais na cadeia comendo frequência, aplique o buffer ali na frente deles e seja feliz.
Caso contrário segue vida.
Mas porque os pedais truebypass ganharam tanto espaço no mercado?
Dá pra ter num mesmo projeto o buffer e o truebypass?
Essa e muitas outras perguntas na nossa próxima visita à cozinha mais nerd da praça.

Quem sou eu: Guilherme Farias, engenheiro elétrico, audiófilo e desenvolvedor de projetos na Ions Amplifiers e Mr Cut Custom Handmades.

































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