Tamanho é documento? - Cozinhando Ions #7
- Guilherme Farias
- 10 de set. de 2018
- 3 min de leitura

Salve povo! Sétimo texto do blog mais gostoso que doce esquecido na geladeira.
Voltamos ao dilema dos cabichos, só que dessa vez olhando para um outro aspecto importante nessa onda de transmitir bem os sinais...
Hoje, é dia de passar a limpo esse negócio de cabo longo come sinal, mata timbre e tudo mais que você possa temer, e de quebra, te mostrar como evitar todo esse transtorno com simplicidade e elegância.
Vamos começar esse texto colocando alguns dogmas do estudo de áudio que você deve levar em consideração:
Assim como dito no primeiro texto sobre cabos, qualidade de materiais é diretamente proporcional a qualidade de transmissão de sinais. Ou seja, não adianta reza brava, esse seu cabo jujubinha só vai atrapalhar o rolê.
Existem coisas que podemos controlar e outras que nós só poderemos remediar. O nosso controle é adquirir o melhor cabo possível, o nosso remédio é trabalhar algumas variáveis que vão além do cabo (e que serão citadas aqui).
Seu ouvido é o maior juiz da parada. Se você pode melhorar o seu setup, o melhore... mas não alimente os seus olhos, e sim seus ouvidos!
Uma das grandes questões para gente que toca em médios para grandes ambientes é o tal “tone sucking” ou também conhecido como perda de agudos, geralmente ocasionado quando se tem cabos extensos no seu setup.
A explicação científica desse fenômeno é simples e tem um nome bem popular: Capacitância!
O que é um capacitor?
Um capacitor na vida real nada mais é do que duas placas metálicas paralelas energizadas que armazenam entre si um campo eletrostático...
Mas o que que isso tem a ver com o meu cabo Gui?
Seu cabo é um capacitor meu querido... compare e veja, as imagens de um capacitor clássico com a de um cabo qualquer de sinal:


Reparem que cada uma das placas do capacitor é representada por uma camada de cobre do cabo, sendo uma para o canal hot e o outro o gnd.
Assim, sempre vamos cair nas tais capacitâncias do cabo. Quanto melhor o cabo, menor será essa capacitância por metro, mas tenha sempre em mente que ela está lá.
Depois de adquirir um bom cabo, a nossa preocupação é trabalhar para que essa capacitância não vire um problemão, e sim um probleminha.
Como?
Da seguinte maneira: Só um capacitor sozinho na cadeia não faz esse estrago todo. O problema nasce quando colocamos resistências na parada e ai vem os tais filtros passa baixa.
Como tratamos de sinais alternados, vou usar a terminação correta aqui, que é impedância.
A nossa briga é para diminuir o produto (capacitância x impedância), quanto menor esse produto, menos agudos vão pro lixo resumidamente.
A capacitância, referente ao tamanho dos cabos é o mal necessário, então vamos brigar com essa tal impedância.
A solução: Os tais buffers!
Um buffers nada mais é do que um circuito eletrônico que em sua entrada impõe alta impedância (ajuda no amortecimento de ruídos e sinais parasitas), e tem na saída baixa impedância (ótimo para ajudar na excursão dos sinais já processados)!
Olha ai o segredo do sucesso! Basta um pedalzinho com buffer incluso e muitos dos seus lindos agudinhos estão salvos!
Tomando cuidado com a seguinte medida, remédio para veneno depende da dose correto? Então não precisa trocar todos os seus pedais True Bypass por bufferizados só porque eu falei que buffer é solução.
Tanto porque circuitos com buffer perderam espaço para projetos com a tecnologia truebypass com o tempo, exatamente por conta de reclamações de “alterações de timbre” (por tantos outros motivos que vão além das relações de impedância), então use apenas o que o seu ouvido clamar beleza?
Daonde surgiu esse negócio de buffer? Mas e se eu usar um boost ao invés do buffer dá na mesma?
Essa e outras perguntas na nossa próxima visita gastronômica :D

Quem sou eu: Guilherme Farias, engenheiro elétrico, audiófilo e desenvolvedor de projetos na Ions Amplifiers

































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