O preço do timbre - Cozinhando Ions #5
- Guilherme Farias
- 3 de set. de 2018
- 3 min de leitura

Salve povo! Hoje, no quinto artigo do blog mais gostoso que ciesta depois do almoço vamos colocar em pauta um assunto mais filosófico, mas com uma aba teórica enorme por trás.
Hoje é dia de discutirmos os porquês da necessidade de bons componentes para que você possa ter um bom equipamento.
Aqui a vibe não é apenas dizer: Ohh, o melhor é melhor e ponto, ou apenas o melhor vai durar mais.. mas chegar a um ponto mais profundo, onde vocês devem se atentar mais a pequenas variáveis que podem colocar o seu timbre em outro patamar.
Para começar com os dois pés no peito, vai aqui um banho de realidade:
Todo o seu equipamento (pedais, amplificador e auto falantes), não passam de limitadores bem definidos de timbre.
Imagine que o seu som é um pedaço de manteiga (força ai, que essa foi a minha melhor referência).
Todo equipamento da sua cadeia é alguém passando a faca na peça de manteiga, ou seja, ao final da brincadeira, sua peça vai estar toda deformada (muitas vezes de maneiras bem estranhas).
E olha só. Isso é o seu timbre xD
Fora essa comparação cretina, o ponto chave é esse: Tudo se trata de filtros de frequência, que podem ser comparados a bons temperos, para deixar a sua comida, digo, seu timbre, o mais gostoso possível.
E aqui entra a qualidade dos componentes dentro do seu equipamento.
Fora a própria durabilidade do conjunto como um todo, a qualidade dos componentes em geral gera uma propriedade que desenvolvedores como esse que vós fala ama de paixão.
As contas batem, as variáveis parasitas diminuem, e os resultados no papel se aproximam cada vez mais dos resultados finais no estúdio.
Sabendo é claro, que tudo depende também do que você procura. Nós da Ions hoje trabalhamos com uma linha vintage de equipamentos, então forçamos a barra para atingir determinados objetivos dentro dessa linha de timbre.
Um exemplo: Nossos resistores!
Existe uma porrada de tipos e marcas de resistores disponíveis no mercado.
Nós no caso, escolhemos os resistores de carvão puro da Allen Bradley para alimentar nossos meninos, por alguns motivos bem simples:
O resistor de carvão puro, é a forma mais orgânica de impor uma resistência em um circuito, assim essa classe de resistores não sofre com problemas como impedâncias parasitas no processo de construção (algumas contas a menos a serem feitas, e menos filtros parasitas no seu projeto, ótimo para mim e para você).
Em forma combinativa, resistores de carvão com outros componentes, como capacitores à óleo ou por exemplos de capacitores como o stiroflex, trazem respostas em frequência específicas, e que procuramos em nossa busca pelo timbre vintage.
Quando o componente é de boa qualidade, o datasheet bate, a física responde e os resultados são precisos, simples assim.
Mas Gui, eu vou ouvir isso? - Depende.
No caso de um show, com o seu ampli como retorno, no meio de uma bela muvuca... não. Nem se preocupe... Se você leva o seu Ions para um show é porque você quer o melhor, e ponto, mesmo que você não consiga ali absorver o máximo dele.
Num estúdio gravando, em casa... num ambiente de controle bem definido: Sim, com certeza, talvez com um pouco de treino, mas com certeza.
A pergunta final aqui é: Se é para você, por que não algo melhor?

Quem sou eu: Guilherme Farias, engenheiro elétrico, audiófilo e desenvolvedor de projetos na Ions Amplifiers

































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