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Cada cabo no seu lugar - Cozinhando Ions #3

  • Guilherme Farias
  • 21 de ago. de 2018
  • 3 min de leitura

Salve povo! Hoje, no terceiro artigo do blog mais quente da praça vamos conversar um pouco sobre a importância de se usar cabos de alta qualidade no seu set, e explicar de uma maneira breve a diferença de cabos, dentro da cadeia de sinal.

Bons cabos = Boa transmissão

Não é novidade para ninguém saber que bons cabos significam a melhor condução possível de sinal pela cadeia, assim, eu aqui, não pretendo enrolar vocês com esse tópico em específico, e sim, com algo que muita gente não sabe.

O que faz um cabo ser melhor que o outro, e porque, precisamos de cabos diferentes na nossa cadeia.

A primeira coisa que muitos assumem, (e é relativamente natural e correto), é a qualidade do cobre. Que geralmente é o material condutor que é utilizado na transmissão de sinais.

Assim, o que eu quero passar aqui é uma dica para que você (que queira adquirir um cabo de alta qualidade), deva verificar e exigir de seus fornecedores.

Como em todo cabo, nós precisamos nos certificar de dois grandes detalhes, a qualidade e isolamento do cobre internamente, e as pontas (mas as pontas eu trabalho outro dia com mais carinho).

Mais oxigênio = Mais contaminantes

A primeira coisa que você pode verificar é a cor do cobre! Quando o processo de fabricação do cabo é top, o cabo brilha, como se você tivesse acabado de lustra-lo.

Isso, é decorrente de processos de fabricação com atmosfera controlada (onde há um controle da quantidade de oxigênio das áreas onde o cabo é confeccionado).

E adivinha o resultado disso: Um cobre com menos contaminantes, e com maior facilidade de condução elétrica!

Assim, a minha dica é... quer arranjar um cabo bom, se possível faça esse teste (corte um pedaço do cabo e o descasque). O resultado pode ser surpreendente.

Repare na diferença da dor do cobre nesses dois cabos...

Mas ahhhh Gui, que cabo você recomenda para mim? Na hora eu respondo (em que parte da cadeia esse cabo vai ir)?

E ai, entra o nosso segundo tópico, a diferença de cabos de baixo sinal, para cabos de alto sinal.

Cabos de sinal vs Cabos de speaker

Deixando bem claro aqui que quando eu falo de baixos e altos sinais eu não estou me referindo a impedância intrínsecas ao sinal, mas sim em relação as suas respectivas amplitudes em Volts.

Exemplos de cabos de baixo sinal, são os cabos que saem do seu instrumento, percorrem o seu set de pedais e vão para o amplificador de potência.

Exemplo de cabos de alto sinal, é o famoso cabo de speaker.

De uma maneira didática, esses dois tipos de cabos carregam sinal de áudio da mesma maneira, mas exatamente por conta das amplitudes envolvidas, as preocupações se tornam outras... E é ai que o negócio fica interessante.

Vamos começar com o cabo de pequenos sinais.

A preocupação em proteger o pouco sinal corrente

Um cabo de pequenos sinais divide das mesmas preocupações de você carregar um copo de água cheio (sem querer derramar nada). Ou seja, você precisa ser delicado na transmissão, porque o sinal é baixo, então qualquer ruído na cadeia, pode atrapalhar bastante na iteração das coisas.

Assim, um cabo de baixos sinal, costuma ser blindado (aterrando-se uma malha externa circular ao cabo de transmissão).

Isso permite segurança no envio do sinal, protegendo-o de interferências eletromagnéticas.

Já um cabo de speaker pode ser comparado com um caminhão pipa... Ou seja, você está carregando algumas toneladas de água, e cair alguma coisa no caminho não vai fazer tanta diferença assim no processo.

Masssss... você tem que transportar um volume de conteúdo expressivo, e isso exige ignorância nas medidas.

Assim, um cabo de speaker não se preocupa com blindagem, e sim com transmissão de dados enormes (por isso quanto mais cobre tiver no cabo de speaker melhor).

E alguns de vocês devem perguntar, mas Gui, e porque existem alguns cabos de speaker entrelaçados?

A resposta é: diminuir algumas variáveis parasitas que podem aparecer na cadeia (como capacitâncias minusculas que aparecem quando temos dois cabos paralelos).

Ahhhhh mas e dai?

O problema que surge nesses cabos (quando paralelos), é que eles possuem uma resistência derivada do próprio cobre do fio... e somado a isso uma capacitância que certamente não estava na sua conta, resultado:

Nós temos um belíssimo e não convidado filtro RC na saída do seu amplificador. O que pode fazer com que o seu timbre perca agudos importantes. Para alguns mais importantes do que para outros... mas a ideia é simples: Melhor prevenir do que remediar né?

E Gui, como o comprimento dos cabos podem interferir no meu sinal?

Ahhh meus queridos(as), isso é papo para um outro dia.

Quem sou eu: Guilherme Farias, engenheiro elétrico, audiófilo e desenvolvedor de projetos na Ions Amplifiers

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