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A magia das válvulas - Cozinhando IONS #1

  • Guilherme Farias
  • 1 de ago. de 2018
  • 2 min de leitura

Salve povo! Bem vindos ao blog da IONS Amplifiers! Nesta sessão procuraremos desmistificar teorias e convenções dentro do universo do áudio, com atenção especial para amplificadores valvulados.

Assim, para abrir o blog do jeito certo, porque não falar um pouco sobre esse objeto de desejo de muitos músicos (em especial guitarristas).A tal válvula termiônica, popularmente conhecida como o tempero essencial para um bom projeto de amplificador.

Creio que todo mundo que já refletiu sobre a qualidade do seu timbre alcançado, já colocou na balança a possibilidade de adquirir um equipamento valvulado. O tal timbre quente, orgânico, dinâmico, e toda e qualquer adjetivo já sobreposto em cima das sublimes válvulas.

Assim, nosso objetivo aqui é discutir um pouco sobre como uma válvula pode te ajudar a chegar no timbrão dos sonhos.

De uma maneira bem simples e direta, válvula é bom porque é ruim. Simples assim...

A mágia das válvulas nasce exatamente de suas limitações como componente eletrônico, comparada com outros componentes presentes no mercado.

Vamos tomar aqui como exemplo dois amplificadores com concepções clássicas (um solid state – transistorizado, e um All Tube – Valvulado).

Inicialmente vou descrever algumas características que basicamente descrevem toda a atuação de uma classe de componente para o outro.

Transistor: Trata-se de um componente com resposta rápida e fiel, o menino é cirúrgico! Tem ataque e release rápidos.

Muito por conta de sua velocidade de atuação, transientes rápidos de intensidade de sinal como em timbres distorcidos, costumamos reparar certas dissonâncias (harmônicas ímpares).

Válvula: Trata-se de um componente lento e razoavelmente fiel (dependendo da configuração). Tem ataques e releases mais dinâmicos com relação ao sinal de entrada.

Por conta de sua velocidade inferior, a válvula não é capaz de acompanhar grandes derivadas de sinal, e por conta disso, aplica compressão no mesmo. Em situações extremas, com transientes muito rápidos de intensidade de sinal, assim como em timbres distorcidos, verificamos bastante compressão e alguma naturalidade no processamento.

A magia das válvulas nasce exatamente da preguiça que as mesmas tem para processar o sinal. Com a sua falta de velocidade e compressão (resultante de sua construção e características físicas), as mesmas processam o que os nossos ouvidos gostam de ouvir. Sinais sem muita transiência, ataques e releases contidos, e a clássica fórmula da atenuação de harmônicos impares em favorecimento dos naturalmente agradáveis harmônicos pares.

Conclusão, elas trabalham muito bem com processamento de áudio exatamente porque não processam ele de maneira fiel (assim como transistores e outros componentes), mas especificamente porque acertam a mão ao “temperar”o sinal do jeito que a gente gosta.

Isso não significa falar que em qualquer projeto que você enfiar uma válvula o negócio vai virar da água para o vinho... Existe toda uma preocupação para que as nossas queridas válvulas trabalhem no seu auge, e ai entra muito da bruxaria que é a eletrônica.

Mas isso é papo para um outro dia!

Guilherme Farias

Quem sou eu: Guilherme Farias, engenheiro elétrico, audiófilo e desenvolvedor de projetos na Ions Amplifiers

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